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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

mozambique em conflito

Moçambique
Cruz Vermelha sem ambulâncias socorreu 85 pessoas, das quais três morreram
- 2-Sep-2010 - 15:46


A Cruz Vermelha de Moçambique socorreu 85 pessoas em Maputo e Matola nos últimos dois dias, das quais três faleceram, estando contabilizadas nas mortes já confirmadas no último balanço do Governo, revelou hoje o director desta organização humanitária.


Sem ambulâncias e outros equipamentos adequados, a Cruz Vermelha de Moçambique (CVM) está no terreno com carrinhas onde “tem de colocar um número reduzido de socorristas para lá poderem caber também as pessoas que precisam de ser transportadas”, revelou Américo José Ubisse.

“Até agora, ontem [quarta-feira] e hoje já assistimos a um total de 85 pessoas, das quais três são óbitos, 60 pessoas feridas levadas para unidades sanitárias, três pessoas intoxicadas e 19 assistidas no terreno sem necessidade de serem transportadas para assistência posterior”, precisou o secretário geral da Cruz Vermelha de Moçambique (CVM).

Quanto ao número de mortos registados, a mesma fonte esclarece que “as suas equipas transportaram três".

A CVM tem sete equipas no terreno, seis das quais na cidade de Maputo e uma na cidade de Matola, tendo cada uma “quatro ou, no máximo, cinco pessoas cada”.

Entre os socorridos “há todo o tipo de pessoas, mais adultos e jovens. Também há casos registados de crianças feridas, nenhuma morta, por causa de balas perdidas e pedras que são lançadas com grande intensidade”.

Quanto ao tipo de balas utilizadas pelas forças de segurança, Américo José Ubisse disse que os socorristas da Cruz Vermelha não têm como saber se são “verdadeiras ou de plástico”.

“Não sabemos. No campo real é difícil aferir. Temos vários tipos de ferimentos e o que as equipas fazem é fazer triagem, prestar assistência rápida e, quando necessário, levar pessoas para o hospital o mais rápido possível”, referiu o responsável da CVM.

“No hospital é que ficam mais tempo e eles podem dar essa informação sobre as prováveis causas dos ferimentos”, adiantou.

Quanto à situação que se vive hoje, “há uma tendência de abrandamento, devido á intervenção da polícia, com forte presença, que limita as acções que visam criar distúrbios, incluindo assaltos”, descreveu Américo Ubisse.

No resto do país, a Cruz Vermelha está “em contacto com todos os 110 escritórios distritais e não tem reporte de nenhuma manifestação desta envergadura, apenas um ligeiro incidente, quarta-feira, na cidade da Beira”.

Sete mortos e 288 feridos é o novo balanço dos confrontos entre populares e polícia, em Maputo, capital de Moçambique, que decorrem desde quarta-feira, de acordo com o porta-voz do Governo.


Fonte: http://www.noticiaslusofonas.com/view.php?load=arcview&article=27990&catogory=Moçambique

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